terça-feira, 19 de abril de 2011

Comer, rezar e amar (A minha vida imita a arte)



Achei sensacional o filme, não li o livro, porém com certeza deve ter a mesma emoção, se não maior. Baseado em uma história real, como a minha, nua e crua, para tomar uma decisão preciso buscar uma posição, depois de escolher devo seguir.
É difícil entender nossa própria vida. Sempre achamos um vazio. Alguma coisa está faltando, seja uma emoção, ou não sei... Até que alguém vive um destino que não é seu e passa isso para todos de uma forma a qual se pode entender.
Eu amo muito o meu amor, mas confesso que o desgaste está me vencendo. Também tenho que admitir: quero muito minha liberdade, minha razão de tudo em que acredito. E quero tudo isso ao lado dele. Preciso sentir a felicidade mesmo que em poucos momentos.
Voltando ao filme, ela sai em busca de sua liberdade, da razão de viver ou ainda de um grande amor ainda não vivido. Eu senti este desejo, essa falta de aventura e conhecimento. Nem todos que assistirem ao filme terão a emoção que eu tive. Contudo, também nem todo mundo tem 30 anos ou está num casamento que passa ser irreconhecível até mesmo para si.
Cheia de planos, mas cercada de inibições, passa por tranformações que a faz enxergar o mundo pelo qual havia guardado dentro de uma caixinha. Sem medo acreditando nas palavras de um guru, foi em frente, arriscou. Às vezes é preciso jogar-se e arriscar tudo. Saiu em busca da palavra certa. Ainda não sei qual é a minha, achei incrível ter que procurá-la. Todos nós temos uma palavra própria. Como uma identidade, uma senha.
Identifiquei-me muito em todos os momentos. Busquei todas as tranformações da minha vida e percebi que faltava transformá-la. Em alguns momentos, ou por agora, eu o fiz. Mesmo com medo, me senti feliz. Agora sei que posso trazer minha vida de volta. Só preciso ter fé e acreditar no guru.


O espiritual da vida é a fé. Somos movidos pela fé. Agindo com bondade, fazendo uma reflexão da vida e acreditando que é possível ser feliz, mesmo antes seja preciso provar da solidão.


A trilha sonora do filme também faz parte desse ritual. Eddie Vedder com Better days: